CAFÉ CURTO

O ciclo ‘Café Curto’ convida o público a sentar-se à mesa com a música, todas as terças-feiras, às 19H30, no Café Concerto Coimbra do Convento São Francisco. Esta programação tem a curadoria da Blue House e o apoio da Câmara Municipal de Coimbra. Desde outubro de 2020 até ao final de 2022, servimos mais de 70 showcases de 30 minutos, mantendo a aposta em jovens artistas e projetos emergentes, providenciando-lhes um espaço onde podem mostrar o seu trabalho à cidade. Na última sessão de cada mês, o ‘Café Duplo’ proporciona um espetáculo de 60 minutos, fruto de um processo de sinergias e cocriação, em que dois artistas, — um local e um nacional — apresentam os seus temas separadamente, mas juntando-se em palco para duas músicas conjuntas, desenvolvidas em residência prévia, no estúdio da Blue House.

O 'Café Curto' integra, ainda, uma vertente de formação artística e profissional, com a convocatória 'MIC | Música Independente de Coimbra', em que os/as artistas selecionados/as têm a oportunidade de apresentar o seu trabalho no Café-Concerto do Convento São Francisco.




PROGRAMAÇÃO 

🗓️. 07 MAR | FEMME FALAFEL

Femme Falafel é o alter ego de Raquel Pimpão, alfacinha de nascença e caldense de coração, apaixonada por disco, hip-hop, salsa e pastéis de nata. Usa o piano, a voz e o logic para arrancar as amarguras mais profundas debaixo dos glaciares da consciência, com letras temperadas com o humor inteligente de quem observa atentamente o que a rodeia. Põe as emoções a rimar e serve-as num prato regado com sarcasmo e coentros, para que a sensibilidade não se veja a olho nu. Julga-se uma trapalhona com classe e o seu objectivo artístico é o elogio da tolice. Afinal de contas, a fatalidade não é o seu forte.

🗓️. 14 MAR | COMBO DE JAZZ — EACMC

Os showcases Combo de Jazz’ resultam de uma parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC). Uma vez por mês, jovens músicos em fase de formação sobem ao palco do Café Concerto do Convento São Francisco para uma mostra do seu talento em construção, através de um concerto pautado por composições originais e clássicos standards de jazz.

🗓️. 21 MAR | JACARÉU

Jacaréu
é músico, escritor e leitor de poesia, com raízes em Lisboa e Alvaiázere. Em palco, apresenta-se a solo e combina as duas artes que o movem, jogando com a palavra, seja na tradicional forma declamada, cantada ao ritmo da guitarra, ou debitada como num rap. Jacaréu ‘nasceu’ durante a pandemia e lançou o seu álbum de estreia  “Tique T.O.C", em 2021. Sobe ao palco do ‘Café Curto’ no Dia Mundial da Poesia, convidando o público a, com ele, assinalar a data.

🗓️. 28 MAR | ANA DEUS + DIOGO ALEXANDRE

Na última sessão de cada mês, o ‘Café Duplo’ proporciona um espetáculo de 60 minutos, fruto de um processo de sinergias e cocriação, em que dois artistas apresentam os seus temas separadamente, em dois showcases, mas juntando-se em palco para dois temas conjuntos, desenvolvidos previamente em residência artística, no estúdio da Blue House.

Ana Deus é a voz de bandas portuguesas icónicas como Três Tristes Tigres, Osso Vaidoso ou Ban. Mas é também intérprete de projetos com pequenas editoras, como a Mia Soave [Degrau (Cuidado), 2011, e Bruta, 2015] e a BOCA [Nós, os de Orpheu, 2015, e Ruído Vário, Canções com Pessoa, 2018], ou de auto-edições como Roupa Anterior (2012) e Bruta 2 (2018). Entre leituras e canções, as suas performances procuram o tom certo. A música acrescenta ou distrai? O canto é justo para o texto? O processo está sempre em aberto. No ‘Café Duplo’ haverá poemas entre o dito e o cantado, apoiados em sons que acrescentam ritmo e imagens que somam ideias. Entre os autores dos textos estão à partida Alberto Pimenta, John Donne, Regina Guimarães e Bocage.

Diogo Alexandre é um galardoado baterista de Leiria, nascido em 1998. Com apenas 14 anos, muda-se para Coimbra para estudar no Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra. Já tocou e gravou com artistas nacionais e internacionais como João Barradas, Amir El Safar, Ben Van Gelder, Peter Evans, entre outros. Em 2022, lançou o seu disco de estreia — Pipe Tree — com composições para septeto que incluem alguns dos mais aclamados músicos do país. O álbum foi referido na na jazz.pt como “um disco raro no panorama jazzístico português, por ser diferente e ambicioso, procurando – e conseguindo – traçar um caminho próprio.”

🗓️. 04 ABR | CAVALO55
Tendo crescido numa pequena vila no Norte de Itália, Cavalo55 não tinha muito com que se ocupar além de aprender a tocar guitarra e imaginar que estava algures nos Estados Unidos, imerso na fábrica de sonhos do cinema americano. Tocou em algumas bandas, frequentou uma escola de cinema e viajou muito. Conviveu com amantes de música e mergulhou no legado da música folk e dos blues, enquanto fazia busking e train hopping. Eventualmente, seguiu rumo a Lisboa, onde se deixou inspirar pelo fado e pela guitarra portuguesa, cruzando o seu caminho com artistas como Time For T, Marinho, Marta Miranda ou Orquestrada. Através da música, conta-nos tudo sobre as suas aventuras.


🗓️. 11 ABR | MIGUEL CALHAZ
Miguel Calhaz
é músico, cantautor e contrabaixista. Mantém projetos musicais nas áreas do jazz, da world music e da música portuguesa, entre os quais: ‘Trilhos – Novos Caminhos da Guitarra Portuguesa’, ‘Romance da Pastora’, ‘Raíz’, ‘Latin Groove’, ‘Libertrio e Heart of Trio’. Participou em espetáculos de tributo a Zeca Afonso, Sérgio Godinho e Fausto, com as formações ‘Os Cantautores’ e ‘Emboscadas’. Foi músico convidado da formação ‘Danças Ocultas’ e do cantautor Zeca Medeiros. Neste espectáculo, com curadoria do Jazz ao Centro Clube, apresenta o seu mais recente disco, com edição da JACC Records/Terra Series.


🗓️. 18 ABR | CAIO
CAIO só precisa da guitarra, do piano e da sua doce voz para expressar o que sente, compondo um folk-rock existencialista que nos guia por entre as aventuras e desventuras da sua vida. Em 2016, lança o seu primeiro trabalho — o EP “Desassossego” — seguido dos longa-duração “Viagem” e “Mundo Incerto”, o segundo reconhecido pela Blitz como um dos melhores discos de 2018. Em 2019, edita “Retratos”, numa roupagem mais rock, da qual agora se distancia, no seu último trabalho “Travessia”, onde se destacam a experimentação de novas estéticas e linguagens. O disco conta com colaborações de Valter Lobo, Evaya, entre outros, tem o selo gig.ROCKS! e distribuição da Warner Music Portugal.

🗓️. 25 ABR | CAMINHO DOS CRAVOS
No 25 de abril, servimos um ‘Café Duplo’ inusitado, um encontro entre a música e a palavra para assinalar as comemorações da Revolução dos Cravos e o difícil caminho em direção à liberdade e à democracia. Neste dia, convidamos Helena Faria e Miguel Gouveia, narradores e contadores de histórias, para selecionarem um conjunto de textos adequados à data, que serão musicados, em tempo real, por Jorri, Gonçalo Parreirão e João Cação. 

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02 MAI | COFFEE & WINE
Coffee & Wine são o segredo mais bem guardado da música indie folk, feita em Espanha. Em formato de duo acústico, Ana Franco e Andrés Cabanes atuam pela primeira vez em Portugal, presenteando-nos com a sua música evocadora, com odor a terra molhada. Guitarras acústicas adocicadas e a voz majestosa de Ana irão apresentar o álbum “Hirundinidae” (Manderley/Lucinda), co-produzido e gravado por Dany Richter em Madrid e misturado em Portland, por Adam Selzer (M. Ward, The Decemberists, Alela Diane).

🗓️. 09 MAI | COMBO DE JAZZ (EACMC)
Os showcases Combo de Jazz’ resultam de uma parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC). Uma vez por mês, jovens músicos em fase de formação sobem ao palco do Café Concerto do Convento São Francisco para uma mostra do seu talento em construção, através de um concerto pautado por composições originais e clássicos standards de jazz. 

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16 MAI | CHALO CORREIA
Chalo Correia é um cantor e compositor nascido em Angola e influenciado por bandas como “Os Merengues” ou “Os Kiezos”, que experimenta com a harmónica, a puíta e a guitarra. Com quase trinta anos de vivência em Portugal, tem sido um dos principais divulgadores das tradições da música angolana, que mistura com a experiência da pluriculturalidade lisboeta. Em 2021, grava o seu terceiro álbum de originais “Dibessá”, contando com a participação de Galiano Neto, João Mouro, Nelson Costa, entre outros, num disco que resulta numa viagem sonora aos ritmos que se ouviam em Luanda, nas décadas de 60 e 70.

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23 MAI | WILL SAMSON
O músico britânico, residente em Portugal desde janeiro de 2022, criou a sua própria editora, Human Chorus, para lançar ao mundo “Active Imagination”, álbum que celebra também os dez anos de carreira discográfica de Will Samson (o primeiro disco “Balance” foi editado em 2012). São nove canções que dão forma a sonhos alimentados por uma vida de itinerância, que oscilam nas ondas etéreas da música eletrónica, ambient, folk e indie. Os singles “Arpy” e “Shun” foram os primeiros a ver a luz do dia, sendo que o segundo atingiu substancial relevo nas plataformas digitais.

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30 MAI | ST JAMES PARK + JOÃO MORTÁGUA HOLI
Na última sessão de cada mês, o ‘Café Duplo’ proporciona um espetáculo de 60 minutos, fruto de um processo de sinergias e cocriação, em que dois artistas apresentam os seus temas separadamente, em dois showcases, mas juntando-se em palco para dois temas conjuntos, desenvolvidos previamente em residência artística, no estúdio da Blue House.


St James Park
é o projeto onde Tiago Sampaio (Grandfather’s House) explora o mundo da eletrónica, influenciado pela música experimental, clássica e pelo hip-hop. Em 2020, lança o seu álbum de estreia, “Highlight”, que conta com a participação de artistas como Lince, Noiserv e IVY. Integra, ainda, o álbum Oasis Nocturno (Remixed) de TOKiMONSTA e lança remixes para bandas como First Breath After Coma e Sensible Soccers. Em fevereiro de 2022, edita o EP “Rewind”, onde introduz ritmos voltados para a pista de dança, numa abordagem mais clubbing. Ao longo dos últimos anos, tem também vindo a trabalhar para espetáculos de teatro, dança, moda e cinema.

João Mortágua
é um saxofonista, compositor e improvisador residente em Coimbra. Gravou cinco álbuns em nome próprio, todos com o carimbo Porta-Jazz, sendo que o disco “Dentro da Janela” arrecadou, entre outros, o galardão de Melhor Álbum Jazz nos Prémios Play da Música Portuguesa. Em 2017, foi considerado Músico do Ano nos prémios RTP/Festa do Jazz. No seu mais recente projeto a solo – HOLI – João Mortágua explora diferentes texturas a partir dos seus saxofones, flautas, percussões, voz e pedais. Nestas composições espontâneas ouvem-se influências das músicas do mundo, da música erudita, do jazz e da música eletrónica.

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