MIC 2022
O "MIC | Música Independente de Coimbra" é uma convocatória que pretende descobrir novos talentos da região de Coimbra, reforçando a vertente de capacitação e impulsionamento de carreira da Blue House. A iniciativa procura apoiar a criação e a promoção da música emergente, ao incentivar a profissionalização dos/as artistas selecionados/as. Os projetos escolhidos integram a programação do ‘Café Curto’, um ciclo de concertos que acontece todas as terças-feiras, no Café Concerto do Convento São Francisco. Para além da apresentação ao vivo, têm, ainda, direito a uma sessão fotográfica e a oportunidade de gravar um tema original no estúdio da Blue House e de produzir o respetivo videoclipe com a realização do fotógrafo e videógrafo Tiago Cerveira.
MIC 2022 [ Projetos Selecionados ]
PEDRO E MEL MIC #00
Pedro e Mel, ambos nascidos em terras tropicais, conheceram-se a tocar e a cantar nas ruas da Baixa de Coimbra. A dupla formada por Pedro Sáfara e Melissa Costa transporta nos ritmos o calor do Brasil, bem como a intensidade das suas selvas naturais e de betão, e nas vozes as desigualdades e contradições sociais que cruzam o Atlântico. Atualmente, estão em fase de gravação do primeiro disco no estúdio da Blue House, produzido por Sérgio Costa (Belle Chase Hotel, Quinteto Tati), que conta com composições inéditas e autorais. Foram os primeiros artistas selecionados pela convocatória MIC, tendo, de seguida, lançado o single “Olhos de Cobra”. Em junho de 2022, com o segundo tema original – “Lábios Maiores” – entraram na playlist Pop Portugal do Spotify, onde atingiram 10 000 escutas em apenas um mês. Entretanto, lançaram mais duas músicas: “Luta de Classes” e “O Pacto”.
NEVOEIRO MIC#01
Nevoeiro é a banda sonora de quem anda perdido na floresta sem por isso se importar, com a curiosidade de uma criança e a melancolia de uma alma vivida. As personagens principais desta fantasia são duas guitarras, que se destacam como feixe de luz que consegue penetrar as nuvens mais carregadas, por entre um jogo de sombras orquestrado por vários instrumentos. A dupla é composta por Gonçalo Parreirão e Miguel Cordeiro, que, por entre as suas deambulações enquanto artistas com uma carreira a solo e participação em diferentes projetos, se encontram para dar asas a um lugar mais íntimo. Após serem escolhidos pela convocatória MIC, lançaram o primeiro single - “Promontório” -, uma viagem sonora que capta o olhar lânguido do pescador, do tripulante do rochedo que observa, ao longe, uma tempestade que se avizinha.
GRANATE MIC#02
Granate é o nome do projeto de Salvador, cantautor lisboeta baseado em Coimbra, e fundador dos extintos Anderson Molière, que ganharam, em 2019, o concurso Rock Rendez Worten. Depois desta experiência em coletivo e impulsionado pela música que lhe corre no sangue por domínio da genética, pretende afirmar-se enquanto artista a solo, tendo já gravado o seu primeiro EP, “A Marcha do Caracol”. Autor das músicas, Granate é também a voz, a guitarra acústica, o baixo, os coros e um dos responsáveis pela produção do disco.
SANTOS MIC#03
Artista de Penacova, Santos tem apenas 17 anos, mas já leva na bagagem 7 anos de formação musical, no Conservatório de Música em Coimbra. Pretende tocar o outro através do som e está no início de uma intensa viagem de descoberta pessoal e musical.
PEIXINHOS DA HORTA MIC#04
Nascido entre Aveiro e Coimbra, Peixinhos da Horta é um projeto de canções originais, criado por Luísa Levi e Constança Ochoa. Jogam com as vozes cristalinas que se sobrepõem e multiplicam, com o auxílio de uma loop station, à qual se juntam elementos de percussão e pedais de efeitos para criar um universo sonoro e melódico único. Ouve-se um coro, ora doce, ora incisivo, que carrega em si a ancestralidade da música tradicional portuguesa. A mesa está posta, cheira a laranja e a madeira queimada, e Peixinhos da Horta estão à mesa com uma refeição que aquece a alma. “Maresia” é o primeiro single editado pela dupla, lançado no dia 12 de agosto de 2022 e anunciado em concerto, no palco do Festival Bons Sons. Preparam, agora, o lançamento do álbum de estreia.
GONÇALO GUINÉ MIC #05
Gonçalo Guiné é um rapper, beatmaker e produtor, que utiliza a música como veículo de expressão lírica, criativa e, sobretudo, interventiva. Integrou o coletivo Velha Capital, que tem por objetivo divulgar e valorizar a cultura do hip-hop produzida em Coimbra. Em 2012, lançou a mixtape “Força de Intervenção Lirical”, ao lado de Eterno, Media e Kiko Ximenes. Estreou-se a solo com o EP “Arquivos de um Confinamento”, que viu a luz do dia em 2021, depois de ser composto e produzido nas profundezas criativas do estúdio do artista. As faixas, forjadas ao estilo boom-bap do hip-hop dos anos 90, refletem uma visão distópica da contemporaneidade, num grito pesado que espelha vivências e ansiedades individuais, mas também coletivas. No ‘Café Curto’ apresentou-se com Gonçalo Parreirão (guitarra elétrica, baixo, trompete) e Paulo Silva (bateria).
MATILDE FACHADA MIC #06
Matilde Fachada tem apenas 21 anos e assume que não é música, nem cantora, e que pouco percebe disso. No entanto, tem por hábito e prazer pisar o palco enquanto atriz e, atrás das cortinas, criar som e canções para os espetáculos onde participa. No teatro, costuma dizer as palavras de outras pessoas e, agora, propõe-se a cantar as suas, resultado de um processo experimental em que tenta juntar e brincar com as duas formas de arte que se entrecruzam na sua vida.
HUMAN NATURES MIC #07
Human Natures é o alter ego de João Ribeiro, que se propõe a explorar a complexidade emocional da vida sob a forma de texturas sonoras. O multi-instrumentista, membro da banda Eigreen, dá corpo e alma a um primeiro disco, embebido no percurso musical e artístico que percorreu nos últimos dez anos. Os temas do álbum assemelham-se a ambientes pintados em momentos de meditação contemplativa, tecendo pautas etéreas de dream rock e indie pop. Para dar forma ao projeto, Human Natures faz-se acompanhar ao vivo de uma banda, compondo com guitarra elétrica, teclados, baixo, bateria, vozes e sintetizadores.