JOHN MERCY & THE DEAD BEATS

Em 2022, celebrou-se o centenário do aniversário de um escritor que marcou indelevelmente a literatura do século XX. Volvidos 65 anos da primeira edição de uma das mais importantes obras da Beat Generation, urge revisitar o livro que transformou a cultura norte-americana, e cujo impacto se estendeu ao resto do mundo: o incontornável On The Road (1957) escrito pelas mãos de Jack Kerouac. 

John Mercy & The Dead Beats trazem ao palco um espetáculo para o qual foram escritas canções que convidam o ouvinte a uma viagem sonora pelos espaços de  On The Road.  O espetáculo conta com a projeção de imagens reunidas pela realizadora e artista visual Luisa Neves Soares. Entre canções, celebram-se as palavras do autor através da narração.

Este espetáculo é fruto de um convite efetuado pelo diretor do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Osvaldo Silvestre e foi concebido por John Mercy, mais conhecido como o vocalista e multi-instrumentista da banda conimbricense a Jigsaw. As canções que fazem parte deste concerto serão editadas no álbum West Of The American Night.

Os The Dead Beats são uma banda constituída por diversos músicos de referência da cena musical: Luís Formiga (Animais, Mancines), Miguel Cordeiro (Miguel Cordeiro, Nevoeiro, Giant SurfersVictor Torpedo and The Pop Kids), Pedro Antunes (Bunny Ranch, Subway Riders, Wipeout Beat, John Mercy & Tracy Vandal), Raquel Ralha (Belle Chase Hotel, Azembla's Quartet, Mancines, Raquel Ralha e Pedro Renato, Animais, Wraygunn), Susana Ribeiro (a Jigsaw), Tracy Vandal (Tracy Vandal, Tiguana Bibles, Lincoln, The Great Moonshiners Band) Victor Torpedo (Victor Torpedo, Tédio Boys, The Parkinsons, Tiguana Bibles, Subway Riders, Blood Safari).

--------------------

"A articulação de texto e música atravessa e define toda a Beat Generation. E como a forma por excelência da articulação entre texto e música é a canção, o que John Mercy propõe é um conjunto de canções a partir do romance de Jack Kerouac que pudesse vir a dar um disco, a forma (e a duração) por excelência da música na era da reprodução. Tenho consciência de que o que John Mercy nos deu, aos leitores e aficionados de Kerouac, aos habitantes desta Faculdade e aos utentes deste teatro, não tem retribuição possível, pois este foi um ato de uma infinita generosidade."
Osvaldo Manuel Silvestre, FLUC